Abra o livro
Hidrologia – Conceitos e Aplicações, de Feitosa & Filho, capítulo 2, para
responder as questões que se seguem.
1.
“Em um sistema geológico, a natureza e a
distribuição dos aquíferos e aquitardes são controladas pela litologia,
estratigrafia e estrutura das formações geológicas.” Como a litologia pode controlar a natureza e
a distribuição dos aquíferos e aquitardes?
A natureza e a distribuição dos aquíferos e aquitardes depende das propriedades
físicas das rochas, tais como a sua granulometria, grau de compactação,
textura, estrutura, porosidade e permeabilidade. Por exemplo, as rochas
sedimentares clásticas de granulometria fina e
as rochas sedimentares de origem química funcionarão como aquitardes,
enquanto as rochas de granulometria areia funcionarão como aquíferos.
2.
Tendo em consideração as diferentes rochas
sedimentares clásticas (arenitos puros, arenitos siltosos, arenitos argilosos,
siltitos, siltitos argilosos, argilitos e argilitos siltosos, separe-os quanto
à capacidade de se tornarem aquíferos, aquitardes e aquicludes.
Aquíferos: arenitos e arenitos siltosos.
Aquitardes: arenitos argilosos, siltitos.
Aquicludes: siltitos argilosos, argilitos e argilitos siltosos.
3.
Quando e como as rochas carbonáticas podem se
transformar em aquíferos?
Quando rochas carbonáticas foram submetidas a movimentos tectônicos, elas
apresentam permeabilidade secundária, pois o faturamento permite a circulação
de água nas falhas, fissuras e planos de acamamento. Essa circulação leva, ao
longo do tempo, à dissolução do carbonato de cálcio e à formação de grandes
espaços, onde a água irá se acumular. Não raro, haverá formação de grandes cavernas
e circulação de rios subterrâneos.
4.
Quando e como as rochas metamórficas podem se
transformar em aquíferos?
O tectonismo a que foram submetidas todas as rochas metamórficas produz
intensa ocorrência de fraturas resultantes das variações de condições a que
elas foram submetidas. Daí as fraturas criam uma porosidade secundária e uma
permeabilidade que permite a condutividade hidráulica, dando condições ao
armazenamento de água.
5.
“Poucas tarefas em hidrogeologia são mais
difíceis do que a locação de poços em rochas ígneas e metamórficas”. Justifique
a frase anterior e explique em que condições a exploração de água subterrânea
em áreas cristalinas se torna importante.
O índice de insucesso na locação de poços em rochas ígneas e
metamórficas é muito elevado devido às grandes variações de litologia e
estrutura, dificultando as investigações geológica e geofísica: dificuldade em
produzir mapeamento detalhado pela ausência de afloramentos e imprecisão dos
métodos geofísicos, que não detectam as pequenas fraturas responsáveis pela
produção da água nos poços.
Entretanto, em extensas áreas
cristalinas, as águas superficiais são escassas e a exploração da água
subterrânea é fundamental para a subsistência das pessoas e das suas atividades
econômicas. Este é o caso da zona do semiárido do Nordeste do Brasil.
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