terça-feira, 27 de março de 2018

GABARITO DO EXERCÍCIO AVALIATIVO 2-2018


Abra o livro Hidrologia – Conceitos e Aplicações, de Feitosa & Filho, capítulo 2, para responder as questões que se seguem.
1.            “Em um sistema geológico, a natureza e a distribuição dos aquíferos e aquitardes são controladas pela litologia, estratigrafia e estrutura das formações geológicas.”  Como a litologia pode controlar a natureza e a distribuição dos aquíferos e aquitardes?
A natureza e a distribuição dos aquíferos e aquitardes depende das propriedades físicas das rochas, tais como a sua granulometria, grau de compactação, textura, estrutura, porosidade e permeabilidade. Por exemplo, as rochas sedimentares clásticas de granulometria fina e  as rochas sedimentares de origem química funcionarão como aquitardes, enquanto as rochas de granulometria areia funcionarão como aquíferos.
2.            Tendo em consideração as diferentes rochas sedimentares clásticas (arenitos puros, arenitos siltosos, arenitos argilosos, siltitos, siltitos argilosos, argilitos e argilitos siltosos, separe-os quanto à capacidade de se tornarem aquíferos, aquitardes e aquicludes.
Aquíferos: arenitos e arenitos siltosos.
Aquitardes: arenitos argilosos, siltitos.
Aquicludes: siltitos argilosos, argilitos e argilitos siltosos.
3.            Quando e como as rochas carbonáticas podem se transformar em aquíferos?
Quando rochas carbonáticas foram submetidas a movimentos tectônicos, elas apresentam permeabilidade secundária, pois o faturamento permite a circulação de água nas falhas, fissuras e planos de acamamento. Essa circulação leva, ao longo do tempo, à dissolução do carbonato de cálcio e à formação de grandes espaços, onde a água irá se acumular. Não raro, haverá formação de grandes cavernas e circulação de rios subterrâneos.
4.            Quando e como as rochas metamórficas podem se transformar em aquíferos?
O tectonismo a que foram submetidas todas as rochas metamórficas produz intensa ocorrência de fraturas resultantes das variações de condições a que elas foram submetidas. Daí as fraturas criam uma porosidade secundária e uma permeabilidade que permite a condutividade hidráulica, dando condições ao armazenamento de água.
5.            “Poucas tarefas em hidrogeologia são mais difíceis do que a locação de poços em rochas ígneas e metamórficas”. Justifique a frase anterior e explique em que condições a exploração de água subterrânea em áreas cristalinas se torna importante.
O índice de insucesso na locação de poços em rochas ígneas e metamórficas é muito elevado devido às grandes variações de litologia e estrutura, dificultando as investigações geológica e geofísica: dificuldade em produzir mapeamento detalhado pela ausência de afloramentos e imprecisão dos métodos geofísicos, que não detectam as pequenas fraturas responsáveis pela produção da água nos poços.
Entretanto, em extensas áreas cristalinas, as águas superficiais são escassas e a exploração da água subterrânea é fundamental para a subsistência das pessoas e das suas atividades econômicas. Este é o caso da zona do semiárido do Nordeste do Brasil.

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