quinta-feira, 26 de abril de 2018

MÉTODOS E TÉCNICAS DE EXPLORAÇÃO DE AQUÍFEROS

Categorias Hidrogeológicas

A hidrogeologia admite três grandes categorias, em função do tipo de litologias dos reservatórios subterrâneos, quais sejam: porosos, fraturados e cársticos.

A hidrogeologia dos meios porosos refere-se aos aquíferos constituídos de arenitos e rochas similares. Por serem os melhores e maiores reservatórios de água subterrânea, esses litotipos sempre foram objeto de atenção especial, ainda mais porque eles se aproximam de uma forma bastante satisfatória de um meio contínuo requerido na abordagem matemática. Por esses motivos, a hidrogeologia dos meios porosos é a mais desenvolvida, oferecendo ao profissional um farto material científico de funções analíticas, tanto para a análise de fluxo como para estudos dos mecanismos de poluição.

A hidrogeologia dos meios fissurados, abrigando pouca água e de má qualidade, é bem menos desenvolvida. Somam-se a isto o caráter aleatório do fraturamento e a sua consequente imprevisibilidade, dificultando a abordagem matemática. Porém, na medida em que cresce a importância da água subterrânea, em face da existência de vastas áreas ocupadas por rochas cristalinas e pelo aumento da demanda por água, as atenções estão se voltando para o problema.

A hidrogeologia de meios cársticos se distingue porque as feições cársticas (canais de dissolução e cavidades de grande porte), embora seus reservatórios sejam muito localizados, podem fornecer descargas substanciais. Apenas 10% dos terrenos sedimentares no mundo são cársticos, mas a importância dessas rochas na hidrogeologia e os problemas de engenharia civil a elas relacionados têm motivado um crescente interesse dos especialistas.

É fundamental, para se atingir uma boa compreensão do comportamento dos aquíferos, o monitoramento  permanente do seu desempenho (descargas e níveis) e a análise desse monitoramento. A complexidade geológica dos reservatórios subterrâneos geralmente compromete as previsões feitas a partir das funções analíticas simplistas disponíveis. Assim, só a resposta dos aquíferos à explotação permite caracterizá-los em bases realísticas, o que justifica a importância do monitoramento.

O fato é que, em água subterrânea, não existe limite definido entre a fase de exploração e a fase de explotação. É impossível dizer onde terminam os estudos e onde começa a utilização do manancial.  As duas fases interpenetram-se, podendo inclusive ser dito que a verdadeira pesquisa se inicia com o início da explotação. Pode-se, portanto, dizer, resumindo, que a pesquisa de água subterrânea é mais lenta, dificilmente completa e mais cara. A explotação, por outro lado, é geralmente mais barata, não exigindo obras de engenharia vultosas.

Tipos de Estudos

Não existe consenso sobre uma classificação dos diferentes tipos de estudo adotados na exploração, nem sobre a sua terminologia. Para facilitar a abordagem do tema, adotaremos três grandes grupos de estudos: estudos preliminares ou de reconhecimento; estudos gerais e estudos detalhados.

Estudos Preliminares ou de Reconhecimento

O objetivo principal é a identificação dos aquíferos mais importantes e de suas áreas de recarga e descarga, a verificação da qualidade das águas e uma primeira estimativa das suas geometrias e parâmetros hidrodinâmicos. A área de estudo é geralmente superior a alguns milhares de quilômetros quadrados e os resultados são apresentados em escalas de 1:100.000 a 1:500.000.  Destinam-se a selecionar as áreas de maior interesse para orientar o planejamento adequado dos estudos posteriores. Destaca-se, aí, a análise geológica em mapas existentes. Exigem poucos trabalhos de campo e é rara a utilização de geofísica e poços de pesquisa. Por outro lado, exigem grande experiência dos profissionais que vão executá-los.

Estudos Gerais

Envolvem trabalhos de campo específicos, onde geralmente constam inventários sistemáticos de pontos d’água, geofísica, poços de pesquisa, testes de aquíferos e análises químicas. A área estudada varia de centenas a alguns milhares de quilômetros quadrados, sendo seus limites geralmente coincidentes com os de uma bacia hidrográfica ou com os de uma unidade hidrogeológica definida. Os resultados são expressos sob a forma de mapas litológicos e estruturais, mapas potenciométricos e de isotransmissividades, mapas de oscilações dos níveis potenciométricos, de isópacas dos aquíferos, de concentrações iônicas e outros, comumente em escalas entre 1:50.000 a 1:250.000.
Esses estudos visam uma primeira caracterização dos aquíferos e uma primeira quantificação dos recursos disponíveis.

Estudos Detalhados

O objetivo desses estudos é o conhecimento detalhado de um aquífero, de modo a permitir o atendimento de uma demanda real como, por exemplo, o abastecimento de um núcleo urbano, de uma fábrica ou o suprimento de água para irrigação. Neste caso, emprega-se toda a tecnologia disponível, como geofísica de detalhes, piezômetros, poços exploratórios etc.
Com base nos resultados de detalhe é possível, então, realizar-se o que é usualmente chamado de Projeto Executivo, que engloba, por exemplo, os estudos que envolvem a concepção de uma bateria de poços para a explotação, a elaboração do projeto dos poços, sua construção, testes de produção e definição da capacidade de produção para o alcance desejado. 

Métodos Utilizados

É possível considerar duas grandes categorias de métodos na exploração de água subterrânea: os métodos auxiliares ou de apoio e os métodos hidrogeológicos propriamente ditos.

Métodos Auxiliares ou de Apoio

Esses métodos dizem respeito às várias abordagens não hidrogeológicas especializadas que contribuem para o conhecimento procurado.

Levantamento e análise das informações existentes: é a fase inicial de qualquer trabalho, nem sempre uma tarefa difícil de realizar, devido à dispersão dos dados, erros frequentes dos dados, séries incompletas, informações conflitantes e outros problemas. Além de economizar tempo e dinheiro, esta fase é o único recurso para a obtenção de séries históricas de níveis e descargas, de valor inestimável no estudo dos aquíferos de grande porte.

Definição das demandas: geralmente os estudos hidrogeológico são motivados pela necessidade de suprir uma determinada demanda, atual ou futura. A menos que não existam projetos confiáveis de demanda, o estudo de demanda é feito por especialistas, pois exigem análises demográficas ou desenvolvimento agrícola e industrial.

Métodos geológicos: o hidrogeológico geralmente utiliza os mapas geológicos existentes para obter informações sobre o(s) aquífero(s) de interesse, isto é, suas posições, extensões, áreas de recarga e exutórios, seus confinantes e bases impermeáveis. Em estudos de reconhecimento, o hidrogeólogo só vai ao campo se for necessário esclarecer questões importantes; por outro lado, em estudos de detalhes, é frequentemente necessária uma inspeção de campo mais detalhada.

A partir da geologia de superfície e dos conhecimentos obtidos pela geofísica e levantamento de poços, o hidrogeólogo procura ampliar o conhecimento do aquífero em subsuperfície, buscando definir espessura e profundidade e a elaboração de mapas de contorno estrutural, de isóbatas e de isópacas.

As aerofotos constituem excelente mapa-base para os trabalhos de campo e, quando aliadas ao GPS, são excelentes para a locação de pontos de interesse e para a análise das interrelações entre esses pontos. A visão estereoscópica proporcionada pelas aerofotos permite identificar e caracterizar a rede hidrográfica, os litotipos principais e seus contatos e as feições mais importantes no condicionamento da ocorrência e fluxo de água subterrânea, tais como as falhas, fraturas, diques intrusivos, planícies aluviais, campos de dunas, estruturas cársticas e outras. O uso da fotogeologia é requerido em todas as fases dos estudos hidrogeológicos.


Métodos geofísicos: a água subterrânea, como o petróleo, não é pesquisada diretamente pela geofísica, mas sim os litotipos e estruturas favoráveis à sua circulação e acúmulo. Os métodos geofísicos mais utilizados em áreas sedimentares são a sísmica de refração e de resistividade elétrica. Em terrenos cristalinos, a sísmica não dá resposta satisfatória, enquanto a resistividade oferece boas perspectivas. Recentemente, vem sendo dada ênfase aos métodos eletromagnéticos, especialmente aqueles que utilizam ondas eletromagnéticas de rádio como fonte de energia.

Os três métodos acima citados são classificados na tabela a seguir. Esses métodos (Sísmica Refração, Sondagem Elétrica Vertical - SEVs/Perfis e Very Low Frequency - VLF) pertencem à grande categoria dos métodos de campo artificiais. Enquanto o método de resistividade (SEVs e Perfis Laterais) utiliza campo constante, o VLF, que é um método eletromagnético, caracteriza-se pela utilização de um campo variável.

Métodos utilizando campos naturais
Gravimetria
Magnetometria
Radiometria
Métodos Elétricos
Correntes Telúricas
Potencial Espontâneo
Radiometria
AFMAG (Audio Frequency Magnetic)
Métodos utilizando campos artificiais
Sísmica
Refração
Reflexão
Métodos Elétricos
Campo Constante
Linhas Equipotenciais

SEVs e Perfis de Resisitividade

Campo Variável
SEVs Frequência
Eletromagnéticos
Conv.
VLF
Tabela – Classificação dos métodos geofísicos.

Métodos hidroclimatológicos: dizem respeito à obtenção e utilização de dados de pluviometria e evapotranspiração, para estabelecer a equação do balanço hídrico de uma bacia hidrográfica. É necessário dispor de séries históricas satisfatórias.

Métodos de hidrologia de superfície: faz uso de hidrógrafas para cálculo da descarga mínima dos rios, que é chamada fluxo de base, isto é, o fluxo da água subterrânea que mantém o rio perene durante o período de estiagem.

Métodos hidroquímicos: todas as pesquisas de água subterrânea devem incluir o estudo de sua qualidade, através da coleta e análise de amostras em pontos selecionados. Incluem-se aí: medições da condutividade elétrica, valores de sólidos totais dissolvidos e de resíduos secos, os quais podem ser apresentados em mapas de isovalores e mapas de resíduos secos, respectivamente, e medições do pH.


Métodos Hidrogeológicos propriamente ditos

Obtenção de dados básicos: são as cargas hidráulicas e os parâmetros hidrodinâmicos, transmissividade (T) e coeficiente de armazenamento (S), do aquífero em estudo. As atividades a serem realizadas incluem:

a. Inventário dos pontos d’água – são os acessos às águas do aquífero, como poços tubulares, cacimbões, galerias filtrantes, zonas pantanosas, fontes, rios e lagoas conectados ao aquífero.

b. Instalação e operação de uma rede de observação. Deve-se observar que: no caso de poço, o mesmo deve estar paralisado; o ponto deve informar sobre o horizonte do aquífero desejado; a rede deve ser distribuída de maneira abrangente para que se tenha uma boa representatividade espacial do aquífero e que os pontos devem permitir acesso livre e fácil aos medidores de nível.
Os poços selecionados para fins de observação são denominados de piezômetros. As bocas dos poços devem ser niveladas, caso não se conheçam as suas cotas. Podem ser usados diferentes métodos, mas aquele que está se tornando o mais utilizado é o GPS Diferencial.
A operação da rede de observação consiste em medir periodicamente os níveis d’água nos poços, com o objetivo de obter a distribuição espacial das cargas hidráulicas do aquífero. A figura abaixo mostra o esquema de medição do nível da água.

Figura – Procedimento para obtenção da carga hidráulica.

c. Potenciometria (piezometria): se as superfícies equipotenciais são verticais, o potencial ou carga hidráulica é o mesmo em qualquer ponto de uma mesma vertical, não dependendo da profundidade considerada. Entretanto, nas proximidades de zonas de recarga, em aquíferos muito inclinados, nas proximidades de captações, no caso de rios efluentes etc., as superfícies equipotenciais são acentuadamente inclinadas (componentes verticais de fluxo), sendo então possível obter, do campo de uma mesma vertical, uma infinidade de valores de carga hidráulica, segundo a profundidade considerada.

Testes de aquífero: consiste em bombear um poço com vazão constante e conhecida, observando-se a evolução dos rebaixamentos com o tempo em um poço de observação situado a uma distância conhecida do poço bombeado. A superposição da curva experimental de rebaixamentos com curvas teóricas, permite obter os parâmetros hidrodinâmicos do aquífero, ou seja, a transmissividade e o coeficiente de armazenamento.

Síntese hidrogeológica: é a integração de todos os dados obtidos, no sentido de caracterizar a unidade aquífera. São necessárias as seguintes atividades:

a. Avaliação da geometria e da hidráulica dos aquíferos, através da caracterização espacial dos limites e das variações de espessura e dos parâmetros hidrodinâmicos dos aquíferos. Esta etapa requer a elaboração dos seguintes mapas de isovalores: piezométricos, estruturais, de isópacas, isóbatas, transmissividade, permeabilidade, coeficiente de armazenamento e de salinidade.

b. Avaliação da dinâmica ou funcionamento dos aquíferos: trata-se de obter a melhor compreensão possível dos mecanismos de recarga e descarga e da resposta dos aquíferos à explotação. Dada a natureza dos reservatórios subterrâneos, em estudos preliminares nunca é possível avaliar descargas explotáveis com erros menores que 50%. A diminuição desse erro só é possível após vários anos de explotação monitorada.

Durante o monitoramento são elaborados modelos numéricos de fluxo com o objetivo de prever rebaixamentos, sendo amplamente utilizados para testar alternativas de explotação e respaldar tomadas de decisão. Em face da contínua evolução do conhecimento hidrodinâmico do reservatório, esses modelos são também refeitos. A própria utilização dos modelos retroalimenta os procedimentos de monitoramento e análise de dados, num processo repetitivo que promove a evolução do conhecimento. A figura abaixo ilustra essa retroalimentação.
Figura – Modelo de gestão de aquíferos.

Texto extraído e modificado de:

quarta-feira, 25 de abril de 2018

NOVO SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL


Para a formalização de empresas, o empresário tem à disposição um novo sistema de licenciamento. Disponível no portal de Serviços da Jucemg, o sistema foi criado integralmente pela Junta Comercial e conta com importantes parcerias, como as Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros Militar de MG e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Acessível também pelo Portal da Redesimples MG, o sistema foi concebido para simplificar, agilizar e interagir com o cidadão-usuário, possibilitando a legalização das empresas para obtenção das licenças e inscrições estaduais e/ou municipais; permitir o compartilhamento das informações entre os órgãos de licenciamento; mensurar os prazos para a análise e o processamento dos licenciamentos estaduais e da prefeitura; harmonizar as competências de licenciamento municipal e estadual; integrar todos os órgãos de registro ao Sistema de Licenciamento. As empresas registradas também em cartórios, Ordem de Advogados do Brasil e o Microempreendedor Individual – MEI podem também obter o licenciamento pelo novo sistema.
Para a concepção do sistema, foi realizado pelos órgãos licenciadores um levantamento do panorama atual sobre os principais gargalos, assim como propostas de melhorias.
Em implantação, o sistema divide-se em três etapas: a primeira fase já em funcionamento, o que permite aos órgãos licenciadores estaduais emitir licenças/declarações de dispensa para aquelas atividades que não são de interesse do órgão.
O Corpo de Bombeiros Militar já está nesta primeira etapa, além da dispensa, vai emitir também autorização de funcionamento para atividades de baixo risco.
Características do Novo Sistema de Licenciamento

O sistema apresenta diferenciais importantes, em destaque:
  • possibilidade de coletar dados específicos para registro, independente do Órgão de Registro (Junta Comercial, Cartório, OAB);
  • realizar perguntas;
  • permitir upload de documentos e declarações junto ao cidadão usuário para classificação final de risco e emissão de sua respectiva licença;
  • capacidade de parametrização por parte dos órgãos de licenciamento e prefeitura para emissão de licenças automáticas;
  • possibilidade de interação com o cidadão usuário em caso de pendência no processo de licenciamento;
  • possibilidade de segmentação do licenciamento municipal em Secretarias; possibilidade de iniciar o processo de licenciamento a qualquer tempo, independente da data de constituição da empresa.
Para o Corpo de Bombeiros, os benefícios vão possibilitar:
  • classificação automática de grau de risco com base em informações recebidas em fases anteriores do processo de abertura empresa (alinhado com o princípio da “entrada única de dados” da Lei Complementar 123/2006);
  • emissão de instruções automáticas para licenciamento de empresas classificadas como alto risco de incêndio e pânico; refinamento de classificação risco por meio de perguntas lógicas (resposta “sim” ou “não”);
  • emissão automática de certificados de dispensa de licenciamento;
  • emissão automática de certificados de licenciamento prévio (baixo risco);
  • controle de prazo de validade de certificados de licenciamento prévio;
  • acesso ao ambiente de impressão dos certificados emitidos;
  • acesso ao ambiente de correção de dados informados e reclassificação, quando for o caso; acesso transparente para visualização de licenciamento de qualquer empresa (mediante criação de login e senha com CPF válido de qualquer cidadão); acesso de administrador para verificação dos licenciamentos emitidos (Não acessível ao empresário).
Para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, os benefícios serão:
A Certidão ou Declaração de Empreendimento Não Passível de Licenciamento Ambiental Estadual são documentos requeridos nos balcões de atendimento das SUPRAMs pelos empreendedores do estado. Tem por finalidade atestar a dispensa daquele empreendimento às normas de licenciamento ambiental estadual, possibilitando, dentre outras razões, o alcance as linhas de crédito dos bancos financiadores ou a comprovação de sua regularidade. Esse procedimento agora já pode ser feito por meio do sistema informatizado e integrado de informações e processos, que possibilita uma entrada única de dados e documentos, reduzindo a burocracia.
Os benefícios para a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, são: classificação automática do grau de risco com base em informações fornecidas na viabilidade; disponibilização de informações para licenciamento de empresas; emissão automática de certificados de dispensa de licenciamento; controle de prazo de validade de certificados de licenciamento; acesso ao ambiente de impressão dos certificados emitidos; acesso ao ambiente administrativo para verificação e correção de dados; possibilidade de visualização de licenciamento das empresas registradas; acesso de administrador para verificação dos licenciamentos emitidos.
Já para as Prefeituras, o principal benefício nesta etapa do licenciamento se dá no momento em que a empresa é disponibilizada no Portal da Viabilidade (opção Formalização de Empresa), quando é simultaneamente disponibilizada ao seu Sócio representante no Portal de Serviços (Licenciamento). A Prefeitura pode acessar a mesma opção do Portal de Serviços e assim obter as declarações dos órgãos de licenciamento estaduais, além ter acesso às informações que tratam sobre o grau de risco do empreendimento. Atualmente, os órgãos de licenciamento disponíveis são: Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Vigilância Sanitária.
Alguns links importantes:
Descrição das funcionalidades presentes na 1ª Fase de implantação, já em funcionamento:
  • Emissão de certificados de dispensa de licenciamento dos empreendimentos que contêm atividades econômicas que não são de interesse dos órgãos licenciadores.
  • Emissão pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais de certificado de dispensa e funcionamento provisório e, em algumas situações, o certificado definitivo.
  • Classificação, através da Vigilância Sanitária, das atividades que são de interesse do órgão para que possa emitir declaração de dispensa e que ainda não efetuou a integração no novo sistema de licenciamento.
  • Permite que empresas registradas na OAB e Cartórios possam solicitar o licenciamento através do novo sistema de licenciamento.
O sistema apresenta uma nova realidade de simplificação de todos os processos de abertura, alteração e extinção de empresas e promove a integração e a entrada única de dados cadastrais e documentos, acessada via internet, com facilidade e agilidade. Em outras palavras, o sistema garante, de fato, a efetivação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios / Redesim em Minas Gerais.
Dúvidas ou Sugestões?
Procure nossa Central de Informações 
ou escreva para Fale Conosco: faleconosco@jucemg.mg.gov.br 
Junta Comercial do Estado de Minas Gerais
Rua Sergipe, 64 - Boa Viagem - Belo Horizonte, MG - CEP 30130-170
Tel.: (31) 3219-7900 www.jucemg.mg.gov.br

Governador: Fernando Pimentel
Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico: Altamir de Araújo Rôso Filho 
Secretário de Estado de Planejamento e Gestão: Helvécio Magalhães 
Presidente da Jucemg: José Donaldo Bittencourt Júnior 
Vice-presidente: João Lucas Mansur Barros de Alcobaça Campos
Secretária Geral: Marinely Bomfim 

Assessor de Comunicação: Alessandro Ostelino 
Auditor Seccional: Márcio Mourão 
Chefe de Gabinete: Nélia Borboleta 
Coordenadora da Escola Permanente Jucemg: Júnia Márcia Rodrigues dos Santos
Procurador-Chefe em exercício: Fernando Barbosa Santos Netto
Secretário de Apoio às Un. Colegiadas: Tadeu Rosa 

Diretora de Planejamento Gestão e Finanças: Mariana de Irlanda Veloso Vieira Duarte Flores 
Diretora de Registro Empresarial: Lígia Xenes Gusmão Dutra 
Diretor de Gestão da Informação e Modernização:
Diretor de Integração e Interiorização: Marcos Araújo de Oliveira 

Produção: Assessoria de Comunicação Social 
Projeto Gráfico: Gerência de Tecnologia da Informação e Conhecimento 

terça-feira, 24 de abril de 2018

SEMINÁRIO DE HIDROGEOLOGIA 2018

Valor: 1,5 ponto 

Data: 15/05/2018

Tema: Estudo hidrogeológico

Objetivos: Conhecer os diversos métodos de exploração das águas subterrâneas e as técnicas relacionadas. Compreender a importância da água subterrânea para uso da coletividade e os cuidados de seu uso racional e sustentável.

Descrição: Os alunos deverão fazer a apresentação em sala de aula do trabalho hidrogeológico realizado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM na região de Belém – PA:
OLIVEIRA, Josafá Ribeiro. Projeto Estudos Hidrogeológicos da Região Metropolitana de Belém e adjacências. Link: http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/bitstream/doc/10744/1/rel_hidro_belem_adj2002.pdf

Normas:
- Apresentação individual.
- No mesmo dia da apresentação em sala de aula o aluno deverá enviar seu trabalho em arquivo Power Point por e-mail ao endereço professormarciosantos@gmail.com.
- Cada aluno terá 20 (vinte) minutos para a apresentação.
- O trabalho será avaliado pela Apresentação (1,0) e pelo arquivo em Power Point.

Distribuição: A apresentação deverá ser feita na sequência abaixo.
Capítulos 1 e 2 – Cayque.
Capítulo 3 e 4 – Allan.
Capítulo 5.1 a 5.3 – Victor.
Capítulo 5.4 a 5.5 – Alex.
Capitulo 5.6 – Débora.
Capítulo 5.7 – Lara.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

GABARITO DA PROVA BIMESTRAL 1


Questão 1 (0,3)


A figura acima apresenta um esquema de diferentes tipos de aquíferos. Escolha, nas opções abaixo, a alternativa que indica corretamente o(s) tipo(s) de aquífero representado.

A) Os aquíferos D e L são livres.
B) Apenas o aquífero D é livre.
C) Apenas o aquífero B é confinado.
D) Apenas o aquífero C é confinado.
E) Os aquíferos C, B e D são confinados.

Questão 2 (0,3)
I.             A cobertura vegetal densa favorece a infiltração,
PORQUE
II.            dificulta o escoamento superficial da água.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A)   As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta de I.
B)   As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta.
C)   A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D)   A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E)   As asserções I e II são proposições falsas. 

Questão 3 (0,3)

Nas zonas rurais de Paracatu, destacam-se os usos do solo para o cultivo de cereais, as pastagens e os campos permanentes. A tabela a seguir mostra os valores de CN para cada tipo de uso do solo.

Com base nas informações da tabela, avalie as afirmações a seguir.
I.             Para solos arenosos e teor de argila entre 8 e 15%, a melhor taxa de infiltração ocorrerá em plantações de cereais em fileiras retas.
II.            Para solos arenosos, com teor de argila menor que 8%, a melhor taxa de infiltração ocorrerá em campos permanentes em solos de pastagens com boa cobertura e em curva de nível.
III.           Para solos barrentos e teor de argila de 20 a 30%, mas  sem camadas argilosas impermeáveis até 1,2 m de produndidade, a menor taxa de infiltração ocorrerá em solos plantações de cereais em fileiras retas.

É correto o que se afirma em:

A) I apenas.
B) I e II.
C) II apenas.
D) II e III apenas.
E) III apenas.


Questão 4 (0,3)
Imagine: (a) uma chuva que cai a uma taxa de 40 mm/h e que a capacidade de infiltração de água no solo em que cai a referida chuva seja de 100 mm/h; (b) agora, imagine uma chuva que cai sobre o mesmo solo a uma taxa de 120 mm/h.
Julgue as afirmações abaixo e assinale a opção correta.

I) No caso (a), toda a chuva consegue se infiltrar, porque a taxa com que a chuva cai é menor do que a capacidade de infiltração do solo no instante da chuva.
II) No caso (b), toda a água conseguirá se infiltrar se o solo estiver coberto por floresta.
III) No caso (b), a taxa de infiltração será igual à capacidade de infiltração, ou seja, 100 mm/h.

É correto o que se afirma em:
A) I apenas.
B) I e II.
C) II apenas.
D) I e III apenas.
E) III apenas.

Questão 5 (0,3)
O esquema a seguir ilustra a distribuição vertical da água subterrânea.
Tendo em consideração que a água que se infiltra está submetida a duas forças fundamentais, que são a gravidade e a força de adesão de suas moléculas às superfícies das partículas do solo, analise as afirmações abaixo e escolha a opção correta.
A) Quando uma chuva cai em solo seco, a água inicia o seu movimento de descida, impulsionada pela força de gravidade.
B) Após a saturação do solo, a água inicia um movimento de aleatório, porque cresce a força de capilaridade, que se torna mais forte que a força da gravidade.
C) Quando uma chuva cai em solo seco, a água inicia um movimento aleatório, devido à força de adesão de suas moléculas às partículas do solo, que, neste momento, é maior do que a força da gravidade.
D) Água suspensa ou vadosa é aquela que se encontra nos aquíferos suspensos.
E) Ao atingir uma camada impermeável, a água cessa o seu movimento, permanecendo estática e formando um aquífero.


Questão 6 (0,3)
As propriedades físicas do solo ou rocha são os fatores mais importantes a considerar em sua capacidade de receber e armazenar água.
Escolha a opção correta entre as afirmativas abaixo.
A)   De maneira geral, pode-se afirmar que, quanto mais elevada for a densidade do solo, maior será a sua porosidade total.
B)   Solos com textura fina, tais como os franco siltosos, franco argilosos e argilosos, têm menor densidade que os solos arenosos.
C)   A densidade de partículas de um solo é menor em solo seco do que em solo úmido.
D)   Em rochas duras e compactas, tais como granitos, basaltos, gnaisses e outras rochas ígneas ou metamórficas a porosidade é nula.
E)   As rochas com o maior índice de porosidade são os arenitos.

Questão 7 (0,3)
I. Aquitardes são formações que podem conter água, e às vezes em grande quantidade, mas são incapazes de transmiti-las em condições naturais,
PORQUE
II. Os aquitardes são delimitados, no topo e na base, por camadas de maior permeabilidade.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
F)    As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta de I.
G)   As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta.
H)   A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
I)     A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
J)    As asserções I e II são proposições falsas.

Questão 8 (0,3)
A ocorrência de manancial está associada à circulação de água no planeta, ou seja, ao ciclo hidrológico, sendo ele a fonte da água utilizada para o abastecimento. A esse respeito, assinale a opção correta.
A)   A transpiração é um fenômeno que depende diretamente da temperatura e da umidade relativa do ar.
B)   A água subterrânea, do ponto de vista da hidrogeologia, é apenas aquela que circula abaixo da superfície freática.
C)   Aquífero é qualquer formação geológica que armazena e permite a circulação subterrânea da água.
D)   Aquífero confinado é aquele onde a pressão da água em seu topo é maior do que a pressão atmosférica.
E)   Poço artesiano é aquele em que a cavidade perfurada vai até ao nível freático.

Questão 9 (0,3)
“As UCs têm a função de salvaguardar a representatividade de porções significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente. Além disso, garantem às populações tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais de forma racional e ainda propiciam às comunidades do entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis.
Uma marcha de bilhões de anos de evolução culminou num planeta capaz de sustentar vida em vários sistemas ecológicos. Estes ecossistemas, foram (e são) a base para o desenvolvimento e continuada evolução das mais variadas espécies existentes, sejam bacterianas, vegetais ou animais. A existência do meio ambiente, portanto, é condição indissociável à vida. E, como a própria vida, um direito fundamental a todo o ser humano.
No Brasil, este direito fundamental é garantido aos cidadãos pela Constituição Federal de 1988, art. 25: "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações."
Mas apenas reconhecer o direito não é suficiente. É preciso que haja instrumento para que se possa concretizá-lo. Assim a Constituição impõe ao Poder Público o dever de "definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção". Este comando foi atendido, enfim, com a promulgação da Lei nº 9.985, de de 18/7/2000 e do Decreto nº 4.340, de 22/8/2002, que, respectivamente cria e regula o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC.
Sendo a proteção do meio ambiente uma competência que concorre a todas as esferas do Poder Público, à iniciativa privada e toda sociedade civil, coube ao SNUC disponibilizar a estes entes os mecanismos legais para a criação e a gestão de UCs (no caso dos entes federados e da iniciativa privada) e para participação na administração e regulação do sistema (no caso da sociedade civil), possibilitando assim o desenvolvimento de estratégias conjuntas para as áreas naturais a serem preservadas e a potencialização da relação entre o Estado, os cidadãos e o meio ambiente.
O conceito de Unidade de Conservação surgiu no Brasil ainda na década de 1930, ganhando força no final dos anos 1970 e novamente nos anos 1990 e 2000. A questão é que a maior parte das áreas de conservação da biodiversidade está fora das áreas urbanas e distantes da população, em ambientes rurais remotos, como na própria Amazônia, nos rincões do Jalapão, ou em outros lugares. Isto não resolve os problemas das populações urbanas, hoje amplamente hegemônicas no país. No caso de São Paulo, por exemplo, já se cansou de ouvir dos responsáveis que ao menos nas áreas de reservatórios e de coleta de água, se providenciaria reflorestamento e reconstituição ecossistêmica imediata.
NAIME, Roberto. Disponibilidade Hídrica e Áreas de Conservação. Ecodebate. Obtido em: https://www.ecodebate.com.br/2017/12/14/disponibilidade-hidrica-e-areas-de-conservacao-artigo-de-roberto-naime/
Do texto acima, pode-se inferir que:
A) Criar e manter unidades de conservação (UCs) da natureza nas áreas urbanas não é uma resposta efetiva para a falta de água.
B) A desestabilização dos ciclos hidrológicos e regimes de precipitação de chuvas, que são parte das mudanças climáticas a nível global, será interrompida pela criação de Unidades de Conservação.
C) A crise hídrica é resultante da falta de consciência do uso sustentável da água.
D) A crise hídrica será resolvida pela ampliação dos sistemas de barragens e poços de extração de água.
E) Quando delimitada, a UC é usada como fonte e reserva de recurso natural, além de preservar a paisagem e a biodiversidade.

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER AS QUESTÕES 10 e 11.

Secas e estiagens: Quase metade dos municípios decretou emergência ou calamidade de 2003 a 2016
Entre os anos de 2003 e 2016, praticamente metade dos 5.570 municípios do país foi obrigada a decretar, pelo menos uma vez em sete anos diferentes, situação de emergência ou estado de calamidade pública em virtude de secas e estiagens. De acordo com o relatório pleno de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2017, divulgado hoje (4) pela Agência Nacional de Águas (ANA), do total de cidades afetadas por longos períodos sem chuva, 1.794 são da Região Nordeste.
No mesmo período, de acordo com o relatório, 48 milhões de pessoas foram afetadas por secas (duradoura) ou estiagens (passageiras) no Brasil. Ao todo, foram registrados 4.824 eventos de seca com danos humanos. Somente no ano passado, 18 milhões de habitantes do país foram afetados por fenômenos climáticos que provocaram escassez hídrica. Desse total, 84% viviam na Região Nordeste.
Ainda conforme o relatório, o Nordeste registrou 83% dos 5.154 eventos de secas registrados no país entre os anos de 2003 e 2016, que prejudicam a oferta de água para abastecimento público, geração hidrelétrica, irrigação, produção industrial e navegação.
Em sua terceira edição, o relatório pleno de Conjuntura dos Recursos Hídricos é composto por dados de mais de 50 instituições parceiras da ANA e faz uma radiografia da situação das águas do país.
Conforme o levantamento, secas e cheias representaram 84% dos quase 39 mil desastres naturais entre 1991 e 2012, afetando cerca de 127 milhões de brasileiros. No período de 1995 a 2014, as perdas decorrentes desses problemas chegaram a R$ 182,7 bilhões. Em média, os prejuízos são de R$ 9 bilhões por ano ou aproximadamente R$ 800 milhões por mês.
Se a seca causou impacto nas cidades nordestinas, o relatório mostra que as fortes chuvas e as cheias atingiram especialmente municípios do Sul do país. Entre 2003 e 2016, 47,5% dos municípios do país declararam situação de emergência ou estado de calamidade pelo menos uma vez por causa de cheias. Desses, 55% (1.435) ficam no Sudeste ou no Sul.
“Ao contabilizar eventos de cheia, o Conjuntura informa que entre 2013 e 2016 um total de 7,7 milhões de brasileiros sofreram com os impactos dos diferentes tipos de cheias: alagamentos, enxurradas e inundações. Apenas em 2016, cerca de 1,3 milhão de habitantes sofreram com a água em excesso” diz trecho do relatório.
No período, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul tiveram 44% dos registros de eventos de cheias associados a danos para pessoas no país.
De acordo com o relatório, em média, por ano, do total de água retirada dos rios, córregos, lagoas, lagos e reservatórios no país, 46,2% vão para irrigação, 23,3% para abastecimento urbano, 10,3% para termoelétricas, 9,2% para a indústria, 7,9% para abastecimento animal, 1,6% para abastecimento rural e o mesmo percentual para mineração.
Do total de água consumida no país, 67,2% são utilizadas para irrigação, 11,1% no abastecimento animal, 9,5% na indústria, 8,8% no abastecimento urbano, 2,4% no abastecimento rural, 0,8% na mineração e 0,3% nas termoelétricas.
Segundo o estudo, a demanda por uso de água no Brasil é crescente, com aumento estimado de aproximadamente 80% no total retirado de água nas últimas duas décadas. “Até 2030, a previsão é de que a retirada aumente em 30%”, mostra o relatório.
Por Ivan Richard Esposito, da Agência Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 04/12/2017

Questão 10 (0,4)
Com base nas informações e nos dados apresentados, redija um texto dissertativo sobre a relação entre o consumo de água e o crescimento urbano.

RESPOSTA: O texto deverá deixar claro que o consumo de água para abastecimento urbano corresponde a apenas 8,8% do consumo total; portanto, uma política bem definida para diminuir o consumo de água deve visar, em primeiro lugar, os grande consumidores, que são os produtores rurais, os quais, somando-se a irrigação e o abastecimento animal, consomem 78,3% da água; as indústrias também consomem mais que a população urbana, e também deveriam ser contempladas em um programa de redução do consumo. 
O crescimento urbano reflete o crescimento vegetativo da população, o qual, em si, tende a diminuir. Entretanto, há uma aumento da demanda por água, em razão da melhoria do padrão de vida da população e do que poderíamos chamar de falta de educação ambiental, que leva ao desperdício de água tratada para consumo humano.

Questão 11 (0,4)
Com base nas informações e nos dados apresentados, redija um texto dissertativo sobre a importância do uso sustentável da água subterrânea.

RESPOSTA: Quando se fala em uso sustentável da água subterrânea é necessário pensar que apenas parte da água que cai na forma de chuva se infiltra no subsolo para recarregar os aquíferos; e que qualquer explotação da água acima da capacidade de recarga leva à diminuição da capacidade dos aquíferos de fornecer água, podendo, inclusive, levar ao seu desaparecimento. Assim, a sustentabilidade de um aquífero dependerá da manutenção da capacidade de sua recarga, onde a cobertura vegetal e a não compactação do solo são os principais fatores. O estudo, o monitoramento e um programa de sustentabilidade do aquífero, preservando a sua capacidade através do equilíbrio entre recarga e explotação e também preservando a qualidade da água, protegendo o aquífero de contaminações.
Questão 12 (0,5)
Com o apoio da ANA e de outros parceiros, o Fórum Mundial da Água chegou pela primeira vez ao hemisfério Sul, trazendo a temática ‘Compartilhando Água’. Brasília sediou o encontro, que ocorreu de 17 a 23 de março. No mesmo período, ocorreu o Fórum Alternativo Mundial da Água. Enquanto o Fórum Mundial foi dominado pelas grandes empresas do setor de exploração e comercialização da água, defendendo que a água tem valor econômico e deve ser tratada como mercadoria, o Fórum Alternativo reuniu pensadores e comunidades impactadas pela crise hídrica, apontando o conflito intransponível entre interesses econômicos e o direito fundamental e inalienável à água, bem comum da humanidade e de todos os seres vivos.
Tendo em consideração os conceitos desenvolvidos no curso de hidrogeologia, redija um texto argumentativo, defendendo o ponto-de-vista (direito de todos ou mercadoria) que lhe parece adequado ao uso sustentável dos aquíferos.

RESPOSTA: O texto deve fazer opção clara por um dos pontos-de-vista e desenvolver argumentos lógicos dessa escolha diante do uso sustentável dos aquíferos. Isto é, deve usar os conceitos de sustentabilidade dos aquíferos (preservação da capacidade de fornecer água de boa qualidade para esta e para as futuras gerações).