Questão 1
(0,3)
A figura acima apresenta um esquema de
diferentes tipos de aquíferos. Escolha, nas opções abaixo, a alternativa que
indica corretamente o(s) tipo(s) de aquífero representado.
A) Os
aquíferos D e L são livres.
B) Apenas o aquífero D é livre.
C) Apenas o aquífero B é confinado.
D) Apenas o aquífero C é confinado.
E) Os aquíferos C, B e D são confinados.
Questão 2
(0,3)
I.
A cobertura vegetal densa
favorece a infiltração,
PORQUE
II.
dificulta o escoamento
superficial da água.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A)
As
asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta
de I.
B)
As asserções I e II são proposições
verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta.
C)
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a
II é uma proposição falsa.
D)
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é
uma proposição verdadeira.
E)
As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 3
(0,3)
Nas zonas rurais de Paracatu, destacam-se os
usos do solo para o cultivo de cereais, as pastagens e os campos permanentes. A
tabela a seguir mostra os valores de CN para cada tipo de uso do solo.
Com base nas informações da tabela, avalie as
afirmações a seguir.
I.
Para
solos arenosos e teor de argila entre 8 e 15%, a melhor taxa de infiltração ocorrerá em plantações de cereais em
fileiras retas.
II.
Para
solos arenosos, com teor de argila menor que 8%, a melhor taxa de infiltração ocorrerá em campos permanentes em solos
de pastagens com boa cobertura e em curva de nível.
III.
Para
solos barrentos e teor de argila de 20 a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis até 1,2 m
de produndidade, a menor taxa de infiltração
ocorrerá em solos plantações de cereais em fileiras retas.
É
correto o que se afirma em:
A)
I apenas.
B)
I e II.
C)
II apenas.
D)
II e III apenas.
E) III apenas.
Questão 4 (0,3)
Imagine: (a) uma chuva que cai a uma taxa de 40
mm/h e que a capacidade de infiltração de água no solo em que cai a referida
chuva seja de 100 mm/h; (b) agora, imagine uma chuva que cai sobre o mesmo solo
a uma taxa de 120 mm/h.
Julgue
as afirmações abaixo e assinale a opção correta.
I)
No caso (a), toda a chuva consegue se infiltrar, porque a taxa com que a chuva cai é menor do que a capacidade
de infiltração do solo no instante da chuva.
II)
No caso (b), toda a água conseguirá se infiltrar se o solo estiver coberto por
floresta.
III)
No caso (b), a taxa de infiltração
será igual à capacidade de infiltração, ou seja, 100 mm/h.
É
correto o que se afirma em:
A)
I apenas.
B)
I e II.
C)
II apenas.
D) I e III apenas.
E)
III apenas.
Questão 5 (0,3)
O esquema a seguir ilustra a distribuição
vertical da água subterrânea.
Tendo em consideração que a água que se infiltra
está submetida a duas forças fundamentais, que são a gravidade e a força de
adesão de suas moléculas às superfícies das partículas do solo, analise as afirmações
abaixo e escolha a opção correta.
A) Quando uma chuva cai em solo seco, a água
inicia o seu movimento de descida, impulsionada pela força de gravidade.
B) Após a saturação do solo, a água inicia um
movimento de aleatório, porque cresce a força de capilaridade, que se torna
mais forte que a força da gravidade.
C) Quando
uma chuva cai em solo seco, a água inicia um movimento aleatório, devido à
força de adesão de suas moléculas às partículas do solo, que, neste momento, é
maior do que a força da gravidade.
D) Água suspensa ou vadosa é aquela que se
encontra nos aquíferos suspensos.
E) Ao atingir uma camada impermeável, a água
cessa o seu movimento, permanecendo estática e formando um aquífero.
Questão 6 (0,3)
As propriedades físicas do solo ou rocha são os
fatores mais importantes a considerar em sua capacidade de receber e armazenar
água.
Escolha a opção correta entre as afirmativas
abaixo.
A)
De maneira geral, pode-se afirmar que, quanto
mais elevada for a densidade do solo, maior será a sua porosidade total.
B)
Solos
com textura fina, tais como os franco siltosos, franco argilosos e argilosos,
têm menor densidade que os solos arenosos.
C)
A densidade de partículas de um solo é menor em
solo seco do que em solo úmido.
D)
Em rochas duras e compactas, tais como
granitos, basaltos, gnaisses e outras rochas ígneas ou metamórficas a
porosidade é nula.
E)
As rochas com o maior índice de porosidade são
os arenitos.
Questão 7 (0,3)
I.
Aquitardes são formações que podem conter água, e às vezes em grande
quantidade, mas são incapazes de transmiti-las em condições naturais,
PORQUE
II. Os aquitardes são delimitados, no topo e na
base, por camadas de maior permeabilidade.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
F)
As asserções I e II são proposições verdadeiras
e a II é uma justificativa correta de I.
G)
As asserções I e II são proposições
verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta.
H)
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a
II é uma proposição falsa.
I)
A
asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
J)
As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 8 (0,3)
A ocorrência
de manancial está associada à circulação de água no planeta, ou seja, ao ciclo hidrológico,
sendo ele a fonte da água utilizada para o abastecimento. A esse respeito,
assinale a opção correta.
A)
A transpiração é um fenômeno que depende
diretamente da temperatura e da umidade relativa do ar.
B)
A água subterrânea, do ponto de vista da
hidrogeologia, é apenas aquela que circula abaixo da superfície freática.
C)
Aquífero é qualquer formação geológica que
armazena e permite a circulação subterrânea da água.
D)
Aquífero confinado é aquele onde a pressão da
água em seu topo é maior do que a pressão atmosférica.
E)
Poço artesiano é aquele em que a cavidade
perfurada vai até ao nível freático.
Questão 9 (0,3)
“As UCs têm a função de
salvaguardar a representatividade de porções significativas e ecologicamente
viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território
nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico
existente. Além disso, garantem às populações tradicionais o uso sustentável
dos recursos naturais de forma racional e ainda propiciam às comunidades do
entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis.
Uma marcha de bilhões de
anos de evolução culminou num planeta capaz de sustentar vida em vários
sistemas ecológicos. Estes ecossistemas, foram (e são) a base para o
desenvolvimento e continuada evolução das mais variadas espécies existentes,
sejam bacterianas, vegetais ou animais. A existência do meio ambiente,
portanto, é condição indissociável à vida. E, como a própria vida, um direito
fundamental a todo o ser humano.
No Brasil, este direito
fundamental é garantido aos cidadãos pela Constituição Federal de 1988, art.
25: "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações."
Mas apenas reconhecer o
direito não é suficiente. É preciso que haja instrumento para que se possa
concretizá-lo. Assim a Constituição impõe ao Poder Público o dever de
"definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção". Este comando foi
atendido, enfim, com a promulgação da Lei nº 9.985, de de 18/7/2000 e do
Decreto nº 4.340, de 22/8/2002, que, respectivamente cria e regula o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação - SNUC.
Sendo a proteção do meio
ambiente uma competência que concorre a todas as esferas do Poder Público, à
iniciativa privada e toda sociedade civil, coube ao SNUC disponibilizar a estes
entes os mecanismos legais para a criação e a gestão de UCs (no caso dos entes
federados e da iniciativa privada) e para participação na administração e
regulação do sistema (no caso da sociedade civil), possibilitando assim o
desenvolvimento de estratégias conjuntas para as áreas naturais a serem
preservadas e a potencialização da relação entre o Estado, os cidadãos e o meio
ambiente.
O
conceito de Unidade de Conservação surgiu no Brasil ainda na década de 1930,
ganhando força no final dos anos 1970 e novamente nos anos 1990 e 2000.
A questão
é que a maior parte das áreas de conservação da biodiversidade está fora das
áreas urbanas e distantes da população, em ambientes rurais remotos, como na
própria Amazônia, nos rincões do Jalapão, ou em outros lugares.
Isto não
resolve os problemas das populações urbanas, hoje amplamente hegemônicas no
país. No caso de São Paulo, por exemplo, já se cansou de ouvir dos responsáveis
que ao menos nas áreas de reservatórios e de coleta de água, se providenciaria
reflorestamento e reconstituição ecossistêmica imediata.”
NAIME,
Roberto. Disponibilidade Hídrica e Áreas de Conservação. Ecodebate. Obtido em: https://www.ecodebate.com.br/2017/12/14/disponibilidade-hidrica-e-areas-de-conservacao-artigo-de-roberto-naime/
Do texto acima, pode-se inferir que:
A) Criar
e manter unidades de conservação (UCs) da natureza nas áreas urbanas não
é uma resposta
efetiva para a falta de água.
B) A desestabilização dos ciclos hidrológicos e regimes de
precipitação de chuvas, que são parte das mudanças climáticas
a nível global, será interrompida pela criação de Unidades de Conservação.
C) A crise hídrica é resultante da falta de consciência do
uso sustentável da água.
D) A crise hídrica será resolvida pela ampliação dos
sistemas de barragens e poços de extração de água.
E) Quando delimitada, a UC é usada como fonte e
reserva de recurso natural, além de preservar a paisagem e a biodiversidade.
LEIA O TEXTO A
SEGUIR PARA RESPONDER AS QUESTÕES 10 e 11.
Secas e
estiagens: Quase metade dos municípios decretou emergência ou calamidade de
2003 a 2016
Entre
os anos de 2003 e 2016, praticamente metade dos 5.570 municípios do país foi
obrigada a decretar, pelo menos uma vez em sete anos diferentes, situação de
emergência ou estado de calamidade pública em virtude de secas e estiagens. De
acordo com o relatório pleno de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil
2017, divulgado hoje (4) pela Agência Nacional de Águas (ANA), do total de
cidades afetadas por longos períodos sem chuva, 1.794 são da Região Nordeste.
No
mesmo período, de acordo com o relatório, 48 milhões de pessoas foram afetadas
por secas (duradoura) ou estiagens (passageiras) no Brasil. Ao todo, foram
registrados 4.824 eventos de seca com danos humanos. Somente no ano passado, 18
milhões de habitantes do país foram afetados por fenômenos climáticos que
provocaram escassez hídrica. Desse total, 84% viviam na Região Nordeste.
Ainda
conforme o relatório, o Nordeste registrou 83% dos 5.154 eventos de secas
registrados no país entre os anos de 2003 e 2016, que prejudicam a oferta de
água para abastecimento público, geração hidrelétrica, irrigação, produção
industrial e navegação.
Em sua
terceira edição, o relatório pleno de Conjuntura dos Recursos Hídricos é
composto por dados de mais de 50 instituições parceiras da ANA e faz uma
radiografia da situação das águas do país.
Conforme
o levantamento, secas e cheias representaram 84% dos quase 39 mil desastres
naturais entre 1991 e 2012, afetando cerca de 127 milhões de brasileiros. No
período de 1995 a 2014, as perdas decorrentes desses problemas chegaram a R$
182,7 bilhões. Em média, os prejuízos são de R$ 9 bilhões por ano ou
aproximadamente R$ 800 milhões por mês.
Se a
seca causou impacto nas cidades nordestinas, o relatório mostra que as fortes
chuvas e as cheias atingiram especialmente municípios do Sul do país. Entre
2003 e 2016, 47,5% dos municípios do país declararam situação de emergência ou
estado de calamidade pelo menos uma vez por causa de cheias. Desses, 55%
(1.435) ficam no Sudeste ou no Sul.
“Ao
contabilizar eventos de cheia, o Conjuntura informa que entre 2013 e 2016 um
total de 7,7 milhões de brasileiros sofreram com os impactos dos diferentes
tipos de cheias: alagamentos, enxurradas e inundações. Apenas em 2016, cerca de
1,3 milhão de habitantes sofreram com a água em excesso” diz trecho do
relatório.
No
período, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul tiveram 44% dos registros de
eventos de cheias associados a danos para pessoas no país.
De
acordo com o relatório, em média, por ano, do total de água retirada dos rios,
córregos, lagoas, lagos e reservatórios no país, 46,2% vão para irrigação,
23,3% para abastecimento urbano, 10,3% para termoelétricas, 9,2% para a
indústria, 7,9% para abastecimento animal, 1,6% para abastecimento rural e o
mesmo percentual para mineração.
Do
total de água consumida no país, 67,2% são utilizadas para irrigação, 11,1% no
abastecimento animal, 9,5% na indústria, 8,8% no abastecimento urbano, 2,4% no
abastecimento rural, 0,8% na mineração e 0,3% nas termoelétricas.
Segundo
o estudo, a demanda por uso de água no Brasil é crescente, com aumento estimado
de aproximadamente 80% no total retirado de água nas últimas duas décadas. “Até
2030, a previsão é de que a retirada aumente em 30%”, mostra o relatório.
Por Ivan Richard
Esposito, da Agência Brasil, in EcoDebate,
ISSN 2446-9394, 04/12/2017
Questão 10 (0,4)
Com base nas
informações e nos dados apresentados, redija um texto dissertativo sobre a
relação entre o consumo de água e o crescimento urbano.
RESPOSTA: O texto deverá deixar claro que o consumo de água para abastecimento urbano corresponde a apenas 8,8% do consumo total; portanto, uma política bem definida para diminuir o consumo de água deve visar, em primeiro lugar, os grande consumidores, que são os produtores rurais, os quais, somando-se a irrigação e o abastecimento animal, consomem 78,3% da água; as indústrias também consomem mais que a população urbana, e também deveriam ser contempladas em um programa de redução do consumo.
O crescimento urbano reflete o crescimento vegetativo da população, o qual, em si, tende a diminuir. Entretanto, há uma aumento da demanda por água, em razão da melhoria do padrão de vida da população e do que poderíamos chamar de falta de educação ambiental, que leva ao desperdício de água tratada para consumo humano.
Questão 11 (0,4)
Com base nas
informações e nos dados apresentados, redija um texto dissertativo sobre a
importância do uso sustentável da água subterrânea.
RESPOSTA: Quando se fala em uso sustentável da água subterrânea é necessário pensar que apenas parte da água que cai na forma de chuva se infiltra no subsolo para recarregar os aquíferos; e que qualquer explotação da água acima da capacidade de recarga leva à diminuição da capacidade dos aquíferos de fornecer água, podendo, inclusive, levar ao seu desaparecimento. Assim, a sustentabilidade de um aquífero dependerá da manutenção da capacidade de sua recarga, onde a cobertura vegetal e a não compactação do solo são os principais fatores. O estudo, o monitoramento e um programa de sustentabilidade do aquífero, preservando a sua capacidade através do equilíbrio entre recarga e explotação e também preservando a qualidade da água, protegendo o aquífero de contaminações.
Questão 12 (0,5)
Com o apoio da ANA e de
outros parceiros, o Fórum Mundial da Água chegou pela primeira vez ao hemisfério Sul, trazendo a temática
‘Compartilhando Água’. Brasília
sediou o encontro, que ocorreu de 17 a 23 de março. No mesmo período, ocorreu o
Fórum Alternativo Mundial da Água. Enquanto o Fórum Mundial foi dominado pelas
grandes empresas do setor de exploração e comercialização da água, defendendo
que a água tem valor econômico e deve ser tratada como mercadoria, o Fórum Alternativo
reuniu pensadores e comunidades impactadas pela crise hídrica, apontando o
conflito intransponível entre interesses econômicos e o direito fundamental e
inalienável à água, bem comum da humanidade e de todos os seres vivos.
Tendo em consideração os conceitos
desenvolvidos no curso de hidrogeologia, redija um texto argumentativo,
defendendo o ponto-de-vista (direito de todos ou mercadoria) que lhe parece
adequado ao uso sustentável dos aquíferos.
RESPOSTA: O texto deve fazer opção clara por um dos pontos-de-vista e desenvolver argumentos lógicos dessa escolha diante do uso sustentável dos aquíferos. Isto é, deve usar os conceitos de sustentabilidade dos aquíferos (preservação da capacidade de fornecer água de boa qualidade para esta e para as futuras gerações).
Nenhum comentário:
Postar um comentário