quinta-feira, 19 de abril de 2018

GABARITO DA PROVA BIMESTRAL 1


Questão 1 (0,3)


A figura acima apresenta um esquema de diferentes tipos de aquíferos. Escolha, nas opções abaixo, a alternativa que indica corretamente o(s) tipo(s) de aquífero representado.

A) Os aquíferos D e L são livres.
B) Apenas o aquífero D é livre.
C) Apenas o aquífero B é confinado.
D) Apenas o aquífero C é confinado.
E) Os aquíferos C, B e D são confinados.

Questão 2 (0,3)
I.             A cobertura vegetal densa favorece a infiltração,
PORQUE
II.            dificulta o escoamento superficial da água.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A)   As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta de I.
B)   As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta.
C)   A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D)   A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E)   As asserções I e II são proposições falsas. 

Questão 3 (0,3)

Nas zonas rurais de Paracatu, destacam-se os usos do solo para o cultivo de cereais, as pastagens e os campos permanentes. A tabela a seguir mostra os valores de CN para cada tipo de uso do solo.

Com base nas informações da tabela, avalie as afirmações a seguir.
I.             Para solos arenosos e teor de argila entre 8 e 15%, a melhor taxa de infiltração ocorrerá em plantações de cereais em fileiras retas.
II.            Para solos arenosos, com teor de argila menor que 8%, a melhor taxa de infiltração ocorrerá em campos permanentes em solos de pastagens com boa cobertura e em curva de nível.
III.           Para solos barrentos e teor de argila de 20 a 30%, mas  sem camadas argilosas impermeáveis até 1,2 m de produndidade, a menor taxa de infiltração ocorrerá em solos plantações de cereais em fileiras retas.

É correto o que se afirma em:

A) I apenas.
B) I e II.
C) II apenas.
D) II e III apenas.
E) III apenas.


Questão 4 (0,3)
Imagine: (a) uma chuva que cai a uma taxa de 40 mm/h e que a capacidade de infiltração de água no solo em que cai a referida chuva seja de 100 mm/h; (b) agora, imagine uma chuva que cai sobre o mesmo solo a uma taxa de 120 mm/h.
Julgue as afirmações abaixo e assinale a opção correta.

I) No caso (a), toda a chuva consegue se infiltrar, porque a taxa com que a chuva cai é menor do que a capacidade de infiltração do solo no instante da chuva.
II) No caso (b), toda a água conseguirá se infiltrar se o solo estiver coberto por floresta.
III) No caso (b), a taxa de infiltração será igual à capacidade de infiltração, ou seja, 100 mm/h.

É correto o que se afirma em:
A) I apenas.
B) I e II.
C) II apenas.
D) I e III apenas.
E) III apenas.

Questão 5 (0,3)
O esquema a seguir ilustra a distribuição vertical da água subterrânea.
Tendo em consideração que a água que se infiltra está submetida a duas forças fundamentais, que são a gravidade e a força de adesão de suas moléculas às superfícies das partículas do solo, analise as afirmações abaixo e escolha a opção correta.
A) Quando uma chuva cai em solo seco, a água inicia o seu movimento de descida, impulsionada pela força de gravidade.
B) Após a saturação do solo, a água inicia um movimento de aleatório, porque cresce a força de capilaridade, que se torna mais forte que a força da gravidade.
C) Quando uma chuva cai em solo seco, a água inicia um movimento aleatório, devido à força de adesão de suas moléculas às partículas do solo, que, neste momento, é maior do que a força da gravidade.
D) Água suspensa ou vadosa é aquela que se encontra nos aquíferos suspensos.
E) Ao atingir uma camada impermeável, a água cessa o seu movimento, permanecendo estática e formando um aquífero.


Questão 6 (0,3)
As propriedades físicas do solo ou rocha são os fatores mais importantes a considerar em sua capacidade de receber e armazenar água.
Escolha a opção correta entre as afirmativas abaixo.
A)   De maneira geral, pode-se afirmar que, quanto mais elevada for a densidade do solo, maior será a sua porosidade total.
B)   Solos com textura fina, tais como os franco siltosos, franco argilosos e argilosos, têm menor densidade que os solos arenosos.
C)   A densidade de partículas de um solo é menor em solo seco do que em solo úmido.
D)   Em rochas duras e compactas, tais como granitos, basaltos, gnaisses e outras rochas ígneas ou metamórficas a porosidade é nula.
E)   As rochas com o maior índice de porosidade são os arenitos.

Questão 7 (0,3)
I. Aquitardes são formações que podem conter água, e às vezes em grande quantidade, mas são incapazes de transmiti-las em condições naturais,
PORQUE
II. Os aquitardes são delimitados, no topo e na base, por camadas de maior permeabilidade.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
F)    As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta de I.
G)   As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta.
H)   A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
I)     A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
J)    As asserções I e II são proposições falsas.

Questão 8 (0,3)
A ocorrência de manancial está associada à circulação de água no planeta, ou seja, ao ciclo hidrológico, sendo ele a fonte da água utilizada para o abastecimento. A esse respeito, assinale a opção correta.
A)   A transpiração é um fenômeno que depende diretamente da temperatura e da umidade relativa do ar.
B)   A água subterrânea, do ponto de vista da hidrogeologia, é apenas aquela que circula abaixo da superfície freática.
C)   Aquífero é qualquer formação geológica que armazena e permite a circulação subterrânea da água.
D)   Aquífero confinado é aquele onde a pressão da água em seu topo é maior do que a pressão atmosférica.
E)   Poço artesiano é aquele em que a cavidade perfurada vai até ao nível freático.

Questão 9 (0,3)
“As UCs têm a função de salvaguardar a representatividade de porções significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente. Além disso, garantem às populações tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais de forma racional e ainda propiciam às comunidades do entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis.
Uma marcha de bilhões de anos de evolução culminou num planeta capaz de sustentar vida em vários sistemas ecológicos. Estes ecossistemas, foram (e são) a base para o desenvolvimento e continuada evolução das mais variadas espécies existentes, sejam bacterianas, vegetais ou animais. A existência do meio ambiente, portanto, é condição indissociável à vida. E, como a própria vida, um direito fundamental a todo o ser humano.
No Brasil, este direito fundamental é garantido aos cidadãos pela Constituição Federal de 1988, art. 25: "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações."
Mas apenas reconhecer o direito não é suficiente. É preciso que haja instrumento para que se possa concretizá-lo. Assim a Constituição impõe ao Poder Público o dever de "definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção". Este comando foi atendido, enfim, com a promulgação da Lei nº 9.985, de de 18/7/2000 e do Decreto nº 4.340, de 22/8/2002, que, respectivamente cria e regula o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC.
Sendo a proteção do meio ambiente uma competência que concorre a todas as esferas do Poder Público, à iniciativa privada e toda sociedade civil, coube ao SNUC disponibilizar a estes entes os mecanismos legais para a criação e a gestão de UCs (no caso dos entes federados e da iniciativa privada) e para participação na administração e regulação do sistema (no caso da sociedade civil), possibilitando assim o desenvolvimento de estratégias conjuntas para as áreas naturais a serem preservadas e a potencialização da relação entre o Estado, os cidadãos e o meio ambiente.
O conceito de Unidade de Conservação surgiu no Brasil ainda na década de 1930, ganhando força no final dos anos 1970 e novamente nos anos 1990 e 2000. A questão é que a maior parte das áreas de conservação da biodiversidade está fora das áreas urbanas e distantes da população, em ambientes rurais remotos, como na própria Amazônia, nos rincões do Jalapão, ou em outros lugares. Isto não resolve os problemas das populações urbanas, hoje amplamente hegemônicas no país. No caso de São Paulo, por exemplo, já se cansou de ouvir dos responsáveis que ao menos nas áreas de reservatórios e de coleta de água, se providenciaria reflorestamento e reconstituição ecossistêmica imediata.
NAIME, Roberto. Disponibilidade Hídrica e Áreas de Conservação. Ecodebate. Obtido em: https://www.ecodebate.com.br/2017/12/14/disponibilidade-hidrica-e-areas-de-conservacao-artigo-de-roberto-naime/
Do texto acima, pode-se inferir que:
A) Criar e manter unidades de conservação (UCs) da natureza nas áreas urbanas não é uma resposta efetiva para a falta de água.
B) A desestabilização dos ciclos hidrológicos e regimes de precipitação de chuvas, que são parte das mudanças climáticas a nível global, será interrompida pela criação de Unidades de Conservação.
C) A crise hídrica é resultante da falta de consciência do uso sustentável da água.
D) A crise hídrica será resolvida pela ampliação dos sistemas de barragens e poços de extração de água.
E) Quando delimitada, a UC é usada como fonte e reserva de recurso natural, além de preservar a paisagem e a biodiversidade.

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER AS QUESTÕES 10 e 11.

Secas e estiagens: Quase metade dos municípios decretou emergência ou calamidade de 2003 a 2016
Entre os anos de 2003 e 2016, praticamente metade dos 5.570 municípios do país foi obrigada a decretar, pelo menos uma vez em sete anos diferentes, situação de emergência ou estado de calamidade pública em virtude de secas e estiagens. De acordo com o relatório pleno de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2017, divulgado hoje (4) pela Agência Nacional de Águas (ANA), do total de cidades afetadas por longos períodos sem chuva, 1.794 são da Região Nordeste.
No mesmo período, de acordo com o relatório, 48 milhões de pessoas foram afetadas por secas (duradoura) ou estiagens (passageiras) no Brasil. Ao todo, foram registrados 4.824 eventos de seca com danos humanos. Somente no ano passado, 18 milhões de habitantes do país foram afetados por fenômenos climáticos que provocaram escassez hídrica. Desse total, 84% viviam na Região Nordeste.
Ainda conforme o relatório, o Nordeste registrou 83% dos 5.154 eventos de secas registrados no país entre os anos de 2003 e 2016, que prejudicam a oferta de água para abastecimento público, geração hidrelétrica, irrigação, produção industrial e navegação.
Em sua terceira edição, o relatório pleno de Conjuntura dos Recursos Hídricos é composto por dados de mais de 50 instituições parceiras da ANA e faz uma radiografia da situação das águas do país.
Conforme o levantamento, secas e cheias representaram 84% dos quase 39 mil desastres naturais entre 1991 e 2012, afetando cerca de 127 milhões de brasileiros. No período de 1995 a 2014, as perdas decorrentes desses problemas chegaram a R$ 182,7 bilhões. Em média, os prejuízos são de R$ 9 bilhões por ano ou aproximadamente R$ 800 milhões por mês.
Se a seca causou impacto nas cidades nordestinas, o relatório mostra que as fortes chuvas e as cheias atingiram especialmente municípios do Sul do país. Entre 2003 e 2016, 47,5% dos municípios do país declararam situação de emergência ou estado de calamidade pelo menos uma vez por causa de cheias. Desses, 55% (1.435) ficam no Sudeste ou no Sul.
“Ao contabilizar eventos de cheia, o Conjuntura informa que entre 2013 e 2016 um total de 7,7 milhões de brasileiros sofreram com os impactos dos diferentes tipos de cheias: alagamentos, enxurradas e inundações. Apenas em 2016, cerca de 1,3 milhão de habitantes sofreram com a água em excesso” diz trecho do relatório.
No período, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul tiveram 44% dos registros de eventos de cheias associados a danos para pessoas no país.
De acordo com o relatório, em média, por ano, do total de água retirada dos rios, córregos, lagoas, lagos e reservatórios no país, 46,2% vão para irrigação, 23,3% para abastecimento urbano, 10,3% para termoelétricas, 9,2% para a indústria, 7,9% para abastecimento animal, 1,6% para abastecimento rural e o mesmo percentual para mineração.
Do total de água consumida no país, 67,2% são utilizadas para irrigação, 11,1% no abastecimento animal, 9,5% na indústria, 8,8% no abastecimento urbano, 2,4% no abastecimento rural, 0,8% na mineração e 0,3% nas termoelétricas.
Segundo o estudo, a demanda por uso de água no Brasil é crescente, com aumento estimado de aproximadamente 80% no total retirado de água nas últimas duas décadas. “Até 2030, a previsão é de que a retirada aumente em 30%”, mostra o relatório.
Por Ivan Richard Esposito, da Agência Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 04/12/2017

Questão 10 (0,4)
Com base nas informações e nos dados apresentados, redija um texto dissertativo sobre a relação entre o consumo de água e o crescimento urbano.

RESPOSTA: O texto deverá deixar claro que o consumo de água para abastecimento urbano corresponde a apenas 8,8% do consumo total; portanto, uma política bem definida para diminuir o consumo de água deve visar, em primeiro lugar, os grande consumidores, que são os produtores rurais, os quais, somando-se a irrigação e o abastecimento animal, consomem 78,3% da água; as indústrias também consomem mais que a população urbana, e também deveriam ser contempladas em um programa de redução do consumo. 
O crescimento urbano reflete o crescimento vegetativo da população, o qual, em si, tende a diminuir. Entretanto, há uma aumento da demanda por água, em razão da melhoria do padrão de vida da população e do que poderíamos chamar de falta de educação ambiental, que leva ao desperdício de água tratada para consumo humano.

Questão 11 (0,4)
Com base nas informações e nos dados apresentados, redija um texto dissertativo sobre a importância do uso sustentável da água subterrânea.

RESPOSTA: Quando se fala em uso sustentável da água subterrânea é necessário pensar que apenas parte da água que cai na forma de chuva se infiltra no subsolo para recarregar os aquíferos; e que qualquer explotação da água acima da capacidade de recarga leva à diminuição da capacidade dos aquíferos de fornecer água, podendo, inclusive, levar ao seu desaparecimento. Assim, a sustentabilidade de um aquífero dependerá da manutenção da capacidade de sua recarga, onde a cobertura vegetal e a não compactação do solo são os principais fatores. O estudo, o monitoramento e um programa de sustentabilidade do aquífero, preservando a sua capacidade através do equilíbrio entre recarga e explotação e também preservando a qualidade da água, protegendo o aquífero de contaminações.
Questão 12 (0,5)
Com o apoio da ANA e de outros parceiros, o Fórum Mundial da Água chegou pela primeira vez ao hemisfério Sul, trazendo a temática ‘Compartilhando Água’. Brasília sediou o encontro, que ocorreu de 17 a 23 de março. No mesmo período, ocorreu o Fórum Alternativo Mundial da Água. Enquanto o Fórum Mundial foi dominado pelas grandes empresas do setor de exploração e comercialização da água, defendendo que a água tem valor econômico e deve ser tratada como mercadoria, o Fórum Alternativo reuniu pensadores e comunidades impactadas pela crise hídrica, apontando o conflito intransponível entre interesses econômicos e o direito fundamental e inalienável à água, bem comum da humanidade e de todos os seres vivos.
Tendo em consideração os conceitos desenvolvidos no curso de hidrogeologia, redija um texto argumentativo, defendendo o ponto-de-vista (direito de todos ou mercadoria) que lhe parece adequado ao uso sustentável dos aquíferos.

RESPOSTA: O texto deve fazer opção clara por um dos pontos-de-vista e desenvolver argumentos lógicos dessa escolha diante do uso sustentável dos aquíferos. Isto é, deve usar os conceitos de sustentabilidade dos aquíferos (preservação da capacidade de fornecer água de boa qualidade para esta e para as futuras gerações).


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